O PROJETO COLONIZADOR NO BRASIL
Em 1798, eclodia a Conjuração Baiana, movimento que se insere no contexto conhecido como Crise do Sistema Colonial. O que mais se pode afirmar sobre esse processo histórico? (Assinale as afirmativas verdadeiras):
I. A Conjuração Baiana, comparada à Inconfidência Mineira, guarda semelhanças e diferenças: os dois movimentos defendiam a criação de uma república, mas, enquanto os inconfidentes de Vila Rica omitiram-se em relação à escravidão, os de Salvador propunham a sua abolição.
II. A Conjuração Baiana também ficou conhecida como Revolta dos Alfaiates.
III. O movimento baiano de 1798 demonstrou que o Brasil não ficou imune às correntes liberais de pensamento em circulação, naquele momento, na Europa e nos Estados Unidos.
IV. A insurreição baiana teve uma abrangência social mais ampla do que a Inconfidência Mineira.
Assinale a sequência correta:
Todas as afirmações são verdadeiras.
Apenas a afirmação I e IV são verdadeiras.
Apenas a afirmação IV é verdadeira.
Apenas a afirmação II e III são verdadeiras.
Apenas a afirmação III é verdadeira.
Sobre a ocupação do interior do território brasileiro e a expansão econômica do mercado interno é correto afirmar que:
Assinale V para verdadeiro e F para Falso.
( ) No vale amazônico, o extrativismo vegetal – as drogas do sertão – e a captura de índios atraíram os colonizadores.
( ) A ocupação do Pampa gaúcho não teve nenhum interesse econômico, estando ligada aos conflitos luso-espanhóis na Europa.
( ) O planalto central, nas áreas correspondentes aos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, foi um dos principais alvos do bandeirismo, e sua ocupação está ligada à mineração.
( ) A zona missioneira no Sul do Brasil representava um obstáculo tanto aos colonos, interessados na escravização dos indígenas, quanto a Portugal, dificultando a demarcação das fronteiras.
( ) O Sertão nordestino, primeira área interior ocupada no processo de colonização, foi um prolongamento da lavoura canavieira, fornecendo novas terras e mão de obra para a expansão da lavoura.
Agora, assinale a sequência correspondente:
F; V; V; F; V
F; V; V; V; V
F; F; V; F; F
F; V; V; F; F
V; F; V; F; V
O estudo do período colonial de nossa história passa, inevitavelmente, pela análise do desenvolvimento social e econômico da capitania mais singular, embora negligenciada pela sua metrópole: nos referimos à Capitania de São Vicente. Dos ideais de progresso material que animavam os habitantes dessa localidade colonial, o mais relevante foi o chamado sertanismo de contrato. O movimento de expansão conhecido como bandeirantismo evidenciou a ação colonizadora dos habitantes da Capitania de São Vicente entre os séculos XVI e XVIII.
Sobre esse assunto, analise as seguintes assertivas:
I- Pretendendo apresar (aprisionar) o índio para utilizá-lo como mão-de-obra, ou para descobrir minas de metais e pedras preciosas, o bandeirismo foi importante para a ampliação dos limites geográficos do Brasil colonial.
II- Os bandeirantes formavam uma empresa organizada e mantida pela Metrópole, com o objetivo de conquistar e povoar o território espanhol que os portugueses julgavam ser deles.
III- O grupo dos bandeirante apresadores se organizavam dentre de uma estrutura interna militarizada e eram constituídos, absolutamente, por pessoas brancas, europeias, nomeadas pelo rei.
IV - O reconhecimento dos tratados de limites com a Espanha se deve, em grande parte, ao bandeirismo no século XVII; elemento desbravador das fronteiras internas do território pretendido por Portugal.
Assinale a alternativa que possui as assertivas corretas:
I e IV apenas
II e III apenas
II e IV apenas
I, II, III e IV
I e III apenas
A produção de açúcar é uma atividade que o ocidente cristão herdou da ocupação árabe na Península Ibérica e na Costa atlântica da África. A tecnologia produtiva e a estrutura de exploração foram delineadas por essa influência, integralmente assimilada pelos colonizadores portugueses. Por isso, devemos pensar na agroexportação de açúcar segundo os preceitos que a colocam em destaque durante o Período Colonial. Sobre assa atividade é possível afirmar que:
criou condições favoráveis para o povoamento de todo o território nacional, deixando rica mais da metade da população.
já nas primeiras décadas garantiu o enriquecimento da região Sul do país e foi a base econômica de seu desenvolvimento.
permitiu a organização de uma robusta classe média rural, sendo praticada por pequenos e médios lavradores.
consolidou, principalmente em Pernambuco, uma economia baseada no latifundiário monocultor e escravocrata que atendia aos interesses do sistema português.
dispensando grande mão-de-obra, desencorajou a importação de escravos, liberando capitais para atividades mais lucrativas.
Após formar-se em Coimbra, Gregório de Mattos, poeta baiano conhecido como Boca do Inferno, retornou ao Brasil para ocupar o seu ‘lugar ao sol’, integrando a elite fundiária da Bahia. Filho de um Senhor de Engenho, fora educado para constituir a camada dominante do Brasil colonial. Contudo, rompeu com o status quo e preferiu lançar mão do seu exuberante talento literário para – sem papas na língua e recorrendo a imagens pesadas – denunciar a ambição, o descomprometimento social e a superficialidade das famílias abastadas da Bahia seiscentista.
Leia com atenção os seguintes versos do poeta mencionado:
“Quem a pôs neste socrócio? ... Negócio.
Quem causa tal perdição? ... Ambição.
E o maior desta loucura? ... Usura.
Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que o perdeu
Negócio, ambição, usura.
Quais são meus doces objetos? ... Pretos.
Tem outros bens mais maciços? ... Mestiços.
Quais destes lhe são mais gratos? ... Mulatos.
Dou ao Demo os insensatos,
Dou ao demo o povo asnal,
Que estima por cabedal
Pretos, mestiços, mulatos.”
(GUERRA, Gregório de Matos e. Torna a definir o poeta os maus modos de obrar na governança da Bahia, principalmente naquela universal fome de que padecia a cidade. IN: MENDES, Cleise Furtado. Senhora Dona Bahia: poesia satírica de Gregório de Matos. Salvador: EDUFBA,1996. p. 54 e 55.)
Considerando que nessa etapa estudamos as estratégias de aproveitamento da mão-de-obra negra dentro de parâmetros coloniais escravagistas, responda: A temática central abordada nestes versos, associa-se à qual elemento histórico-social da antiga/atual conjuntura brasileira?
Assinale a alternativa que atenda, plenamente, ao questionamento proposto.
O preconceito da intelectualidade artística, nutrido por aqueles que obtiveram ascensão social mediante ganhos no agronegócio.
Os prejuízos financeiros que negros e mestiços impuseram aos grandes negociantes brasileiros, por não possuírem suficiente destreza profissional.
A incompreensão dos artistas, defensores das camadas populares, face às contingencias sociais impostas pelo capitalismo.
A exclusão social e exploração econômica sofridas pelos afrodescendentes no período colonial e nos dias atuais.
A aversão que poetas, romancistas, e dramaturgos têm pelos membros das camadas sociais favorecidas pelo progresso econômico.
Leia com atenção o relato a respeito da relação entre os conquistadores portugueses e os nativos conquistados:
"... Da primeira vez que viestes aqui, vós o fizestes somente para traficar. (...) Não recusáveis tomar nossas filhas e nós nos julgávamos felizes quando elas tinham filhos. Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. Apenas vos contentáveis com visitar-nos uma vez por ano, permanecendo, entre nós, somente durante quatro ou cinco luas [meses]. Regressáveis, então, ao vosso país, levando os nossos gêneros para trocá-los com aquilo que carecíamos." (MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a conquista lusitana e o genocídio tupinambá". São Paulo: Moderna, 1993, p.86)
Agora, aponte a opção que expressa com maior fidelidade a natureza dessa relação entre os dois grupos. Em que bases a convivência índios/europeus se alicerçava? Assinale a alternativa correta:
Acima de toda curiosidade étnica e encantamento pelo modo de vida dos nativos americanos, imperavam, entre os portugueses, interesses e ideais de ordem econômica.
Portugueses e tupinambás, por exemplo, sempre conseguiram sustentar uma relação harmônica e equilibrada de permuta dos seus atributos culturais.
As tribos tupi-guarani, principalmente, ostentando um espírito belicoso, apresentaram grande dificuldade para tolerar a presença amistosa dos viajantes portugueses no litoral brasileiro.
Havia, por parte dos grupos ameríndios, um constante anseio de prosperidade que passava, inevitavelmente, pela assimilação das tradições e conquistas tecnológicas dos europeus.
A permuta de valores culturais e o respeito pelas virtudes sócio históricas do grupo nativo deram a tônica de todo o processo de ocupação portuguesa.
Leia com atenção:
A transferência da sede da monarquia, mais do que a mudança de residência da realeza, significava a reorganização do Estado Português no Brasil, e por isso, na interpretação corrente sobre o processo de Independência, os treze anos de permanência da Corte no Rio de Janeiro vem sendo apresentados como o momento preparatório da separação de Portugal. (OLIVEIRA, Cecília H. de Salles. A Independência e a construção do Império. São Paulo: Atual, 2005.)
Aponte um fato ligado, diretamente, a essa permanência da Corte no Brasil, que tenha representado o mote para toda a crise do sistema colonial brasileiro? Assinale a alternativa correta:
A cobrança do quinto mediante a exploração aurífera na região de Minas Gerais.
Abertura dos portos brasileiros e o consequente fim do monopólio comercial português.
A proibição de comércio interno de escravos nascidos no Brasil.
O alvará régio que proibia a produção manufatureira em solo colonial.
O acordo de cooperação militar com a Argentina para conter a expansão paraguaia.
Leia o trecho do conhecido poema de Cecília Meireles:
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,
ouve-se em redor da mesa.
E a bandeira já está viva,
e sobe, na noite imensa.
E os seus tristes inventores
já são réus — pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
Através de grossas portas,
sentem-se luzes acesas,
— e há indagações minuciosas
dentro das casas fronteiras.
“Que estão fazendo, tão tarde?
Que escrevem, conversam, pensam?
Mostram livros proibidos?
Lêem notícias nas gazetas?
Terão recebido cartas
de potências estrangeiras?”
(MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência, Nova Fronteira, São Paulo, 2005.)
Considerando os estudos que realizamos nessa semana sobre a Inconfidência Mineira, é possível afirmar que ela foi marcada pela:
I. influência dos acontecimentos de julho de 1789, a tomada da Bastilha.
II. atitude anti-escravista, consensual entre seus participantes.
III. ideias ilustradas e pela Independência dos Estados Unidos.
Assinale o que for correto.
Apenas a afirmação II é verdadeira.
Todas as afirmações são verdadeiras.
Apenas a afirmação III é verdadeira.
Nenhuma afirmação é verdadeira.
Apenas a afirmação I é verdadeira.
Leia atentamente o documento do séc. XVIII:
Animaisvos Povo Bahiense que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade... [...] Homens, o tempo he xegado para vossa ressureição; sim, para ressucitareis do abismo da escravidão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade.[...] He fazer uma guerra civil entre nós, para que não se distinga a cor branca, parda e preta, e sermos todos felices sem exceição de pessoa, de sorte que não estaremos sujeitos a sofrer hum homem tolo, que nos governe, que só governarão aqueles que tiverem juizo e capacidade para mandar a homens. [...] ... huma revolução, afim de tornar esta Capitania hum Governo democrático, nelle seremos felices; porque só governarão as pessoas que tiverem capacidade para isso, ou sejão brancos ou pardos, ou pretos, sem distinção de côr... (TAVARES, Luís Henrique Dias. Introdução ao estudo das idéias do movimento revolucionário de 1798. Salvador: Liv. Progresso, 1959. p. 7-13.)
A respeito da Revolta dos Alfaiates de 1798, podemos afirmar (Marque V para as verdadeiras e F para as falsas):
( ) Trata-se de uma revolução burguesa que tinha por objetivo eliminar o sistema colonial e estimular a entrada de imigrantes no Brasil.
( ) Os rebeldes foram influenciados pelas idéias do comunismo francês, que pregava a igualdade social e a distribuição de terras entre os mais pobres.
( ) Influenciados pelas doutrinas sociais da Igreja francesa, os líderes da revolta pretendiam garantir o ingresso no clero de homens de todas as raças.
( ) O discurso rebelde era marcado pelo anticlericalismo e defendia uma reforma na ordem vigente, de modo a eliminar as diferenças sociais.
Agora, assinale a alternativa contendo a sequência correta:
Todas as afirmações são verdadeiras.
Apenas a afirmação I e IV são verdadeiras.
Apenas a afirmação IV é verdadeira.
Apenas a afirmação II e III são verdadeiras.
Apenas a afirmação III é verdadeira.
Sobre a ocupação do interior do território brasileiro e a expansão econômica do mercado interno é correto afirmar que:
Assinale V para verdadeiro e F para Falso.
( ) No vale amazônico, o extrativismo vegetal – as drogas do sertão – e a captura de índios atraíram os colonizadores.
( ) A ocupação do Pampa gaúcho não teve nenhum interesse econômico, estando ligada aos conflitos luso-espanhóis na Europa.
( ) O planalto central, nas áreas correspondentes aos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, foi um dos principais alvos do bandeirismo, e sua ocupação está ligada à mineração.
( ) A zona missioneira no Sul do Brasil representava um obstáculo tanto aos colonos, interessados na escravização dos indígenas, quanto a Portugal, dificultando a demarcação das fronteiras.
( ) O Sertão nordestino, primeira área interior ocupada no processo de colonização, foi um prolongamento da lavoura canavieira, fornecendo novas terras e mão de obra para a expansão da lavoura.
Agora, assinale a sequência correspondente:
F; V; V; F; V
F; V; V; V; V
F; F; V; F; F
F; V; V; F; F
V; F; V; F; V
O estudo do período colonial de nossa história passa, inevitavelmente, pela análise do desenvolvimento social e econômico da capitania mais singular, embora negligenciada pela sua metrópole: nos referimos à Capitania de São Vicente. Dos ideais de progresso material que animavam os habitantes dessa localidade colonial, o mais relevante foi o chamado sertanismo de contrato. O movimento de expansão conhecido como bandeirantismo evidenciou a ação colonizadora dos habitantes da Capitania de São Vicente entre os séculos XVI e XVIII.
Sobre esse assunto, analise as seguintes assertivas:
I- Pretendendo apresar (aprisionar) o índio para utilizá-lo como mão-de-obra, ou para descobrir minas de metais e pedras preciosas, o bandeirismo foi importante para a ampliação dos limites geográficos do Brasil colonial.
II- Os bandeirantes formavam uma empresa organizada e mantida pela Metrópole, com o objetivo de conquistar e povoar o território espanhol que os portugueses julgavam ser deles.
III- O grupo dos bandeirante apresadores se organizavam dentre de uma estrutura interna militarizada e eram constituídos, absolutamente, por pessoas brancas, europeias, nomeadas pelo rei.
IV - O reconhecimento dos tratados de limites com a Espanha se deve, em grande parte, ao bandeirismo no século XVII; elemento desbravador das fronteiras internas do território pretendido por Portugal.
Assinale a alternativa que possui as assertivas corretas:
I e IV apenas
II e III apenas
II e IV apenas
I, II, III e IV
I e III apenas
A produção de açúcar é uma atividade que o ocidente cristão herdou da ocupação árabe na Península Ibérica e na Costa atlântica da África. A tecnologia produtiva e a estrutura de exploração foram delineadas por essa influência, integralmente assimilada pelos colonizadores portugueses. Por isso, devemos pensar na agroexportação de açúcar segundo os preceitos que a colocam em destaque durante o Período Colonial. Sobre assa atividade é possível afirmar que:
criou condições favoráveis para o povoamento de todo o território nacional, deixando rica mais da metade da população.
já nas primeiras décadas garantiu o enriquecimento da região Sul do país e foi a base econômica de seu desenvolvimento.
permitiu a organização de uma robusta classe média rural, sendo praticada por pequenos e médios lavradores.
consolidou, principalmente em Pernambuco, uma economia baseada no latifundiário monocultor e escravocrata que atendia aos interesses do sistema português.
dispensando grande mão-de-obra, desencorajou a importação de escravos, liberando capitais para atividades mais lucrativas.
Após formar-se em Coimbra, Gregório de Mattos, poeta baiano conhecido como Boca do Inferno, retornou ao Brasil para ocupar o seu ‘lugar ao sol’, integrando a elite fundiária da Bahia. Filho de um Senhor de Engenho, fora educado para constituir a camada dominante do Brasil colonial. Contudo, rompeu com o status quo e preferiu lançar mão do seu exuberante talento literário para – sem papas na língua e recorrendo a imagens pesadas – denunciar a ambição, o descomprometimento social e a superficialidade das famílias abastadas da Bahia seiscentista.
Leia com atenção os seguintes versos do poeta mencionado:
“Quem a pôs neste socrócio? ... Negócio.
Quem causa tal perdição? ... Ambição.
E o maior desta loucura? ... Usura.
Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que o perdeu
Negócio, ambição, usura.
Quais são meus doces objetos? ... Pretos.
Tem outros bens mais maciços? ... Mestiços.
Quais destes lhe são mais gratos? ... Mulatos.
Dou ao Demo os insensatos,
Dou ao demo o povo asnal,
Que estima por cabedal
Pretos, mestiços, mulatos.”
(GUERRA, Gregório de Matos e. Torna a definir o poeta os maus modos de obrar na governança da Bahia, principalmente naquela universal fome de que padecia a cidade. IN: MENDES, Cleise Furtado. Senhora Dona Bahia: poesia satírica de Gregório de Matos. Salvador: EDUFBA,1996. p. 54 e 55.)
Considerando que nessa etapa estudamos as estratégias de aproveitamento da mão-de-obra negra dentro de parâmetros coloniais escravagistas, responda: A temática central abordada nestes versos, associa-se à qual elemento histórico-social da antiga/atual conjuntura brasileira?
Assinale a alternativa que atenda, plenamente, ao questionamento proposto.
O preconceito da intelectualidade artística, nutrido por aqueles que obtiveram ascensão social mediante ganhos no agronegócio.
Os prejuízos financeiros que negros e mestiços impuseram aos grandes negociantes brasileiros, por não possuírem suficiente destreza profissional.
A incompreensão dos artistas, defensores das camadas populares, face às contingencias sociais impostas pelo capitalismo.
A exclusão social e exploração econômica sofridas pelos afrodescendentes no período colonial e nos dias atuais.
A aversão que poetas, romancistas, e dramaturgos têm pelos membros das camadas sociais favorecidas pelo progresso econômico.
Leia com atenção o relato a respeito da relação entre os conquistadores portugueses e os nativos conquistados:
"... Da primeira vez que viestes aqui, vós o fizestes somente para traficar. (...) Não recusáveis tomar nossas filhas e nós nos julgávamos felizes quando elas tinham filhos. Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. Apenas vos contentáveis com visitar-nos uma vez por ano, permanecendo, entre nós, somente durante quatro ou cinco luas [meses]. Regressáveis, então, ao vosso país, levando os nossos gêneros para trocá-los com aquilo que carecíamos." (MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a conquista lusitana e o genocídio tupinambá". São Paulo: Moderna, 1993, p.86)
Agora, aponte a opção que expressa com maior fidelidade a natureza dessa relação entre os dois grupos. Em que bases a convivência índios/europeus se alicerçava? Assinale a alternativa correta:
Acima de toda curiosidade étnica e encantamento pelo modo de vida dos nativos americanos, imperavam, entre os portugueses, interesses e ideais de ordem econômica.
Portugueses e tupinambás, por exemplo, sempre conseguiram sustentar uma relação harmônica e equilibrada de permuta dos seus atributos culturais.
As tribos tupi-guarani, principalmente, ostentando um espírito belicoso, apresentaram grande dificuldade para tolerar a presença amistosa dos viajantes portugueses no litoral brasileiro.
Havia, por parte dos grupos ameríndios, um constante anseio de prosperidade que passava, inevitavelmente, pela assimilação das tradições e conquistas tecnológicas dos europeus.
A permuta de valores culturais e o respeito pelas virtudes sócio históricas do grupo nativo deram a tônica de todo o processo de ocupação portuguesa.
Leia com atenção:
A transferência da sede da monarquia, mais do que a mudança de residência da realeza, significava a reorganização do Estado Português no Brasil, e por isso, na interpretação corrente sobre o processo de Independência, os treze anos de permanência da Corte no Rio de Janeiro vem sendo apresentados como o momento preparatório da separação de Portugal. (OLIVEIRA, Cecília H. de Salles. A Independência e a construção do Império. São Paulo: Atual, 2005.)
Aponte um fato ligado, diretamente, a essa permanência da Corte no Brasil, que tenha representado o mote para toda a crise do sistema colonial brasileiro? Assinale a alternativa correta:
A cobrança do quinto mediante a exploração aurífera na região de Minas Gerais.
Abertura dos portos brasileiros e o consequente fim do monopólio comercial português.
A proibição de comércio interno de escravos nascidos no Brasil.
O alvará régio que proibia a produção manufatureira em solo colonial.
O acordo de cooperação militar com a Argentina para conter a expansão paraguaia.
Leia o trecho do conhecido poema de Cecília Meireles:
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,
ouve-se em redor da mesa.
E a bandeira já está viva,
e sobe, na noite imensa.
E os seus tristes inventores
já são réus — pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
Através de grossas portas,
sentem-se luzes acesas,
— e há indagações minuciosas
dentro das casas fronteiras.
“Que estão fazendo, tão tarde?
Que escrevem, conversam, pensam?
Mostram livros proibidos?
Lêem notícias nas gazetas?
Terão recebido cartas
de potências estrangeiras?”
(MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência, Nova Fronteira, São Paulo, 2005.)
Considerando os estudos que realizamos nessa semana sobre a Inconfidência Mineira, é possível afirmar que ela foi marcada pela:
I. influência dos acontecimentos de julho de 1789, a tomada da Bastilha.
II. atitude anti-escravista, consensual entre seus participantes.
III. ideias ilustradas e pela Independência dos Estados Unidos.
Assinale o que for correto.
Apenas a afirmação II é verdadeira.
Todas as afirmações são verdadeiras.
Apenas a afirmação III é verdadeira.
Nenhuma afirmação é verdadeira.
Apenas a afirmação I é verdadeira.
Leia atentamente o documento do séc. XVIII:
Animaisvos Povo Bahiense que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade... [...] Homens, o tempo he xegado para vossa ressureição; sim, para ressucitareis do abismo da escravidão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade.[...] He fazer uma guerra civil entre nós, para que não se distinga a cor branca, parda e preta, e sermos todos felices sem exceição de pessoa, de sorte que não estaremos sujeitos a sofrer hum homem tolo, que nos governe, que só governarão aqueles que tiverem juizo e capacidade para mandar a homens. [...] ... huma revolução, afim de tornar esta Capitania hum Governo democrático, nelle seremos felices; porque só governarão as pessoas que tiverem capacidade para isso, ou sejão brancos ou pardos, ou pretos, sem distinção de côr... (TAVARES, Luís Henrique Dias. Introdução ao estudo das idéias do movimento revolucionário de 1798. Salvador: Liv. Progresso, 1959. p. 7-13.)
A respeito da Revolta dos Alfaiates de 1798, podemos afirmar (Marque V para as verdadeiras e F para as falsas):
( ) Trata-se de uma revolução burguesa que tinha por objetivo eliminar o sistema colonial e estimular a entrada de imigrantes no Brasil.
( ) Os rebeldes foram influenciados pelas idéias do comunismo francês, que pregava a igualdade social e a distribuição de terras entre os mais pobres.
( ) Influenciados pelas doutrinas sociais da Igreja francesa, os líderes da revolta pretendiam garantir o ingresso no clero de homens de todas as raças.
( ) O discurso rebelde era marcado pelo anticlericalismo e defendia uma reforma na ordem vigente, de modo a eliminar as diferenças sociais.
Agora, assinale a alternativa contendo a sequência correta:
F; V; V; F; V
F; V; V; V; V
F; F; V; F; F
F; V; V; F; F
V; F; V; F; V
O estudo do período colonial de nossa história passa, inevitavelmente, pela análise do desenvolvimento social e econômico da capitania mais singular, embora negligenciada pela sua metrópole: nos referimos à Capitania de São Vicente. Dos ideais de progresso material que animavam os habitantes dessa localidade colonial, o mais relevante foi o chamado sertanismo de contrato. O movimento de expansão conhecido como bandeirantismo evidenciou a ação colonizadora dos habitantes da Capitania de São Vicente entre os séculos XVI e XVIII.
Sobre esse assunto, analise as seguintes assertivas:
I- Pretendendo apresar (aprisionar) o índio para utilizá-lo como mão-de-obra, ou para descobrir minas de metais e pedras preciosas, o bandeirismo foi importante para a ampliação dos limites geográficos do Brasil colonial.
II- Os bandeirantes formavam uma empresa organizada e mantida pela Metrópole, com o objetivo de conquistar e povoar o território espanhol que os portugueses julgavam ser deles.
III- O grupo dos bandeirante apresadores se organizavam dentre de uma estrutura interna militarizada e eram constituídos, absolutamente, por pessoas brancas, europeias, nomeadas pelo rei.
IV - O reconhecimento dos tratados de limites com a Espanha se deve, em grande parte, ao bandeirismo no século XVII; elemento desbravador das fronteiras internas do território pretendido por Portugal.
Assinale a alternativa que possui as assertivas corretas:
I e IV apenas
II e III apenas
II e IV apenas
I, II, III e IV
I e III apenas
A produção de açúcar é uma atividade que o ocidente cristão herdou da ocupação árabe na Península Ibérica e na Costa atlântica da África. A tecnologia produtiva e a estrutura de exploração foram delineadas por essa influência, integralmente assimilada pelos colonizadores portugueses. Por isso, devemos pensar na agroexportação de açúcar segundo os preceitos que a colocam em destaque durante o Período Colonial. Sobre assa atividade é possível afirmar que:
criou condições favoráveis para o povoamento de todo o território nacional, deixando rica mais da metade da população.
já nas primeiras décadas garantiu o enriquecimento da região Sul do país e foi a base econômica de seu desenvolvimento.
permitiu a organização de uma robusta classe média rural, sendo praticada por pequenos e médios lavradores.
consolidou, principalmente em Pernambuco, uma economia baseada no latifundiário monocultor e escravocrata que atendia aos interesses do sistema português.
dispensando grande mão-de-obra, desencorajou a importação de escravos, liberando capitais para atividades mais lucrativas.
Após formar-se em Coimbra, Gregório de Mattos, poeta baiano conhecido como Boca do Inferno, retornou ao Brasil para ocupar o seu ‘lugar ao sol’, integrando a elite fundiária da Bahia. Filho de um Senhor de Engenho, fora educado para constituir a camada dominante do Brasil colonial. Contudo, rompeu com o status quo e preferiu lançar mão do seu exuberante talento literário para – sem papas na língua e recorrendo a imagens pesadas – denunciar a ambição, o descomprometimento social e a superficialidade das famílias abastadas da Bahia seiscentista.
Leia com atenção os seguintes versos do poeta mencionado:
“Quem a pôs neste socrócio? ... Negócio.
Quem causa tal perdição? ... Ambição.
E o maior desta loucura? ... Usura.
Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que o perdeu
Negócio, ambição, usura.
Quais são meus doces objetos? ... Pretos.
Tem outros bens mais maciços? ... Mestiços.
Quais destes lhe são mais gratos? ... Mulatos.
Dou ao Demo os insensatos,
Dou ao demo o povo asnal,
Que estima por cabedal
Pretos, mestiços, mulatos.”
(GUERRA, Gregório de Matos e. Torna a definir o poeta os maus modos de obrar na governança da Bahia, principalmente naquela universal fome de que padecia a cidade. IN: MENDES, Cleise Furtado. Senhora Dona Bahia: poesia satírica de Gregório de Matos. Salvador: EDUFBA,1996. p. 54 e 55.)
Considerando que nessa etapa estudamos as estratégias de aproveitamento da mão-de-obra negra dentro de parâmetros coloniais escravagistas, responda: A temática central abordada nestes versos, associa-se à qual elemento histórico-social da antiga/atual conjuntura brasileira?
Assinale a alternativa que atenda, plenamente, ao questionamento proposto.
O preconceito da intelectualidade artística, nutrido por aqueles que obtiveram ascensão social mediante ganhos no agronegócio.
Os prejuízos financeiros que negros e mestiços impuseram aos grandes negociantes brasileiros, por não possuírem suficiente destreza profissional.
A incompreensão dos artistas, defensores das camadas populares, face às contingencias sociais impostas pelo capitalismo.
A exclusão social e exploração econômica sofridas pelos afrodescendentes no período colonial e nos dias atuais.
A aversão que poetas, romancistas, e dramaturgos têm pelos membros das camadas sociais favorecidas pelo progresso econômico.
Leia com atenção o relato a respeito da relação entre os conquistadores portugueses e os nativos conquistados:
"... Da primeira vez que viestes aqui, vós o fizestes somente para traficar. (...) Não recusáveis tomar nossas filhas e nós nos julgávamos felizes quando elas tinham filhos. Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. Apenas vos contentáveis com visitar-nos uma vez por ano, permanecendo, entre nós, somente durante quatro ou cinco luas [meses]. Regressáveis, então, ao vosso país, levando os nossos gêneros para trocá-los com aquilo que carecíamos." (MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a conquista lusitana e o genocídio tupinambá". São Paulo: Moderna, 1993, p.86)
Agora, aponte a opção que expressa com maior fidelidade a natureza dessa relação entre os dois grupos. Em que bases a convivência índios/europeus se alicerçava? Assinale a alternativa correta:
Acima de toda curiosidade étnica e encantamento pelo modo de vida dos nativos americanos, imperavam, entre os portugueses, interesses e ideais de ordem econômica.
Portugueses e tupinambás, por exemplo, sempre conseguiram sustentar uma relação harmônica e equilibrada de permuta dos seus atributos culturais.
As tribos tupi-guarani, principalmente, ostentando um espírito belicoso, apresentaram grande dificuldade para tolerar a presença amistosa dos viajantes portugueses no litoral brasileiro.
Havia, por parte dos grupos ameríndios, um constante anseio de prosperidade que passava, inevitavelmente, pela assimilação das tradições e conquistas tecnológicas dos europeus.
A permuta de valores culturais e o respeito pelas virtudes sócio históricas do grupo nativo deram a tônica de todo o processo de ocupação portuguesa.
Leia com atenção:
A transferência da sede da monarquia, mais do que a mudança de residência da realeza, significava a reorganização do Estado Português no Brasil, e por isso, na interpretação corrente sobre o processo de Independência, os treze anos de permanência da Corte no Rio de Janeiro vem sendo apresentados como o momento preparatório da separação de Portugal. (OLIVEIRA, Cecília H. de Salles. A Independência e a construção do Império. São Paulo: Atual, 2005.)
Aponte um fato ligado, diretamente, a essa permanência da Corte no Brasil, que tenha representado o mote para toda a crise do sistema colonial brasileiro? Assinale a alternativa correta:
A cobrança do quinto mediante a exploração aurífera na região de Minas Gerais.
Abertura dos portos brasileiros e o consequente fim do monopólio comercial português.
A proibição de comércio interno de escravos nascidos no Brasil.
O alvará régio que proibia a produção manufatureira em solo colonial.
O acordo de cooperação militar com a Argentina para conter a expansão paraguaia.
Leia o trecho do conhecido poema de Cecília Meireles:
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,
ouve-se em redor da mesa.
E a bandeira já está viva,
e sobe, na noite imensa.
E os seus tristes inventores
já são réus — pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
Através de grossas portas,
sentem-se luzes acesas,
— e há indagações minuciosas
dentro das casas fronteiras.
“Que estão fazendo, tão tarde?
Que escrevem, conversam, pensam?
Mostram livros proibidos?
Lêem notícias nas gazetas?
Terão recebido cartas
de potências estrangeiras?”
(MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência, Nova Fronteira, São Paulo, 2005.)
Considerando os estudos que realizamos nessa semana sobre a Inconfidência Mineira, é possível afirmar que ela foi marcada pela:
I. influência dos acontecimentos de julho de 1789, a tomada da Bastilha.
II. atitude anti-escravista, consensual entre seus participantes.
III. ideias ilustradas e pela Independência dos Estados Unidos.
Assinale o que for correto.
Apenas a afirmação II é verdadeira.
Todas as afirmações são verdadeiras.
Apenas a afirmação III é verdadeira.
Nenhuma afirmação é verdadeira.
Apenas a afirmação I é verdadeira.
Leia atentamente o documento do séc. XVIII:
Animaisvos Povo Bahiense que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade... [...] Homens, o tempo he xegado para vossa ressureição; sim, para ressucitareis do abismo da escravidão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade.[...] He fazer uma guerra civil entre nós, para que não se distinga a cor branca, parda e preta, e sermos todos felices sem exceição de pessoa, de sorte que não estaremos sujeitos a sofrer hum homem tolo, que nos governe, que só governarão aqueles que tiverem juizo e capacidade para mandar a homens. [...] ... huma revolução, afim de tornar esta Capitania hum Governo democrático, nelle seremos felices; porque só governarão as pessoas que tiverem capacidade para isso, ou sejão brancos ou pardos, ou pretos, sem distinção de côr... (TAVARES, Luís Henrique Dias. Introdução ao estudo das idéias do movimento revolucionário de 1798. Salvador: Liv. Progresso, 1959. p. 7-13.)
A respeito da Revolta dos Alfaiates de 1798, podemos afirmar (Marque V para as verdadeiras e F para as falsas):
( ) Trata-se de uma revolução burguesa que tinha por objetivo eliminar o sistema colonial e estimular a entrada de imigrantes no Brasil.
( ) Os rebeldes foram influenciados pelas idéias do comunismo francês, que pregava a igualdade social e a distribuição de terras entre os mais pobres.
( ) Influenciados pelas doutrinas sociais da Igreja francesa, os líderes da revolta pretendiam garantir o ingresso no clero de homens de todas as raças.
( ) O discurso rebelde era marcado pelo anticlericalismo e defendia uma reforma na ordem vigente, de modo a eliminar as diferenças sociais.
Agora, assinale a alternativa contendo a sequência correta:
I e IV apenas
II e III apenas
II e IV apenas
I, II, III e IV
I e III apenas
A produção de açúcar é uma atividade que o ocidente cristão herdou da ocupação árabe na Península Ibérica e na Costa atlântica da África. A tecnologia produtiva e a estrutura de exploração foram delineadas por essa influência, integralmente assimilada pelos colonizadores portugueses. Por isso, devemos pensar na agroexportação de açúcar segundo os preceitos que a colocam em destaque durante o Período Colonial. Sobre assa atividade é possível afirmar que:
criou condições favoráveis para o povoamento de todo o território nacional, deixando rica mais da metade da população.
já nas primeiras décadas garantiu o enriquecimento da região Sul do país e foi a base econômica de seu desenvolvimento.
permitiu a organização de uma robusta classe média rural, sendo praticada por pequenos e médios lavradores.
consolidou, principalmente em Pernambuco, uma economia baseada no latifundiário monocultor e escravocrata que atendia aos interesses do sistema português.
dispensando grande mão-de-obra, desencorajou a importação de escravos, liberando capitais para atividades mais lucrativas.
Após formar-se em Coimbra, Gregório de Mattos, poeta baiano conhecido como Boca do Inferno, retornou ao Brasil para ocupar o seu ‘lugar ao sol’, integrando a elite fundiária da Bahia. Filho de um Senhor de Engenho, fora educado para constituir a camada dominante do Brasil colonial. Contudo, rompeu com o status quo e preferiu lançar mão do seu exuberante talento literário para – sem papas na língua e recorrendo a imagens pesadas – denunciar a ambição, o descomprometimento social e a superficialidade das famílias abastadas da Bahia seiscentista.
Leia com atenção os seguintes versos do poeta mencionado:
“Quem a pôs neste socrócio? ... Negócio.
Quem causa tal perdição? ... Ambição.
E o maior desta loucura? ... Usura.
Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que o perdeu
Negócio, ambição, usura.
Quais são meus doces objetos? ... Pretos.
Tem outros bens mais maciços? ... Mestiços.
Quais destes lhe são mais gratos? ... Mulatos.
Dou ao Demo os insensatos,
Dou ao demo o povo asnal,
Que estima por cabedal
Pretos, mestiços, mulatos.”
(GUERRA, Gregório de Matos e. Torna a definir o poeta os maus modos de obrar na governança da Bahia, principalmente naquela universal fome de que padecia a cidade. IN: MENDES, Cleise Furtado. Senhora Dona Bahia: poesia satírica de Gregório de Matos. Salvador: EDUFBA,1996. p. 54 e 55.)
Considerando que nessa etapa estudamos as estratégias de aproveitamento da mão-de-obra negra dentro de parâmetros coloniais escravagistas, responda: A temática central abordada nestes versos, associa-se à qual elemento histórico-social da antiga/atual conjuntura brasileira?
Assinale a alternativa que atenda, plenamente, ao questionamento proposto.
O preconceito da intelectualidade artística, nutrido por aqueles que obtiveram ascensão social mediante ganhos no agronegócio.
Os prejuízos financeiros que negros e mestiços impuseram aos grandes negociantes brasileiros, por não possuírem suficiente destreza profissional.
A incompreensão dos artistas, defensores das camadas populares, face às contingencias sociais impostas pelo capitalismo.
A exclusão social e exploração econômica sofridas pelos afrodescendentes no período colonial e nos dias atuais.
A aversão que poetas, romancistas, e dramaturgos têm pelos membros das camadas sociais favorecidas pelo progresso econômico.
Leia com atenção o relato a respeito da relação entre os conquistadores portugueses e os nativos conquistados:
"... Da primeira vez que viestes aqui, vós o fizestes somente para traficar. (...) Não recusáveis tomar nossas filhas e nós nos julgávamos felizes quando elas tinham filhos. Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. Apenas vos contentáveis com visitar-nos uma vez por ano, permanecendo, entre nós, somente durante quatro ou cinco luas [meses]. Regressáveis, então, ao vosso país, levando os nossos gêneros para trocá-los com aquilo que carecíamos." (MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a conquista lusitana e o genocídio tupinambá". São Paulo: Moderna, 1993, p.86)
Agora, aponte a opção que expressa com maior fidelidade a natureza dessa relação entre os dois grupos. Em que bases a convivência índios/europeus se alicerçava? Assinale a alternativa correta:
Acima de toda curiosidade étnica e encantamento pelo modo de vida dos nativos americanos, imperavam, entre os portugueses, interesses e ideais de ordem econômica.
Portugueses e tupinambás, por exemplo, sempre conseguiram sustentar uma relação harmônica e equilibrada de permuta dos seus atributos culturais.
As tribos tupi-guarani, principalmente, ostentando um espírito belicoso, apresentaram grande dificuldade para tolerar a presença amistosa dos viajantes portugueses no litoral brasileiro.
Havia, por parte dos grupos ameríndios, um constante anseio de prosperidade que passava, inevitavelmente, pela assimilação das tradições e conquistas tecnológicas dos europeus.
A permuta de valores culturais e o respeito pelas virtudes sócio históricas do grupo nativo deram a tônica de todo o processo de ocupação portuguesa.
Leia com atenção:
A transferência da sede da monarquia, mais do que a mudança de residência da realeza, significava a reorganização do Estado Português no Brasil, e por isso, na interpretação corrente sobre o processo de Independência, os treze anos de permanência da Corte no Rio de Janeiro vem sendo apresentados como o momento preparatório da separação de Portugal. (OLIVEIRA, Cecília H. de Salles. A Independência e a construção do Império. São Paulo: Atual, 2005.)
Aponte um fato ligado, diretamente, a essa permanência da Corte no Brasil, que tenha representado o mote para toda a crise do sistema colonial brasileiro? Assinale a alternativa correta:
A cobrança do quinto mediante a exploração aurífera na região de Minas Gerais.
Abertura dos portos brasileiros e o consequente fim do monopólio comercial português.
A proibição de comércio interno de escravos nascidos no Brasil.
O alvará régio que proibia a produção manufatureira em solo colonial.
O acordo de cooperação militar com a Argentina para conter a expansão paraguaia.
Leia o trecho do conhecido poema de Cecília Meireles:
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,
ouve-se em redor da mesa.
E a bandeira já está viva,
e sobe, na noite imensa.
E os seus tristes inventores
já são réus — pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
Através de grossas portas,
sentem-se luzes acesas,
— e há indagações minuciosas
dentro das casas fronteiras.
“Que estão fazendo, tão tarde?
Que escrevem, conversam, pensam?
Mostram livros proibidos?
Lêem notícias nas gazetas?
Terão recebido cartas
de potências estrangeiras?”
(MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência, Nova Fronteira, São Paulo, 2005.)
Considerando os estudos que realizamos nessa semana sobre a Inconfidência Mineira, é possível afirmar que ela foi marcada pela:
I. influência dos acontecimentos de julho de 1789, a tomada da Bastilha.
II. atitude anti-escravista, consensual entre seus participantes.
III. ideias ilustradas e pela Independência dos Estados Unidos.
Assinale o que for correto.
Apenas a afirmação II é verdadeira.
Todas as afirmações são verdadeiras.
Apenas a afirmação III é verdadeira.
Nenhuma afirmação é verdadeira.
Apenas a afirmação I é verdadeira.
Leia atentamente o documento do séc. XVIII:
Animaisvos Povo Bahiense que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade... [...] Homens, o tempo he xegado para vossa ressureição; sim, para ressucitareis do abismo da escravidão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade.[...] He fazer uma guerra civil entre nós, para que não se distinga a cor branca, parda e preta, e sermos todos felices sem exceição de pessoa, de sorte que não estaremos sujeitos a sofrer hum homem tolo, que nos governe, que só governarão aqueles que tiverem juizo e capacidade para mandar a homens. [...] ... huma revolução, afim de tornar esta Capitania hum Governo democrático, nelle seremos felices; porque só governarão as pessoas que tiverem capacidade para isso, ou sejão brancos ou pardos, ou pretos, sem distinção de côr... (TAVARES, Luís Henrique Dias. Introdução ao estudo das idéias do movimento revolucionário de 1798. Salvador: Liv. Progresso, 1959. p. 7-13.)
A respeito da Revolta dos Alfaiates de 1798, podemos afirmar (Marque V para as verdadeiras e F para as falsas):
( ) Trata-se de uma revolução burguesa que tinha por objetivo eliminar o sistema colonial e estimular a entrada de imigrantes no Brasil.
( ) Os rebeldes foram influenciados pelas idéias do comunismo francês, que pregava a igualdade social e a distribuição de terras entre os mais pobres.
( ) Influenciados pelas doutrinas sociais da Igreja francesa, os líderes da revolta pretendiam garantir o ingresso no clero de homens de todas as raças.
( ) O discurso rebelde era marcado pelo anticlericalismo e defendia uma reforma na ordem vigente, de modo a eliminar as diferenças sociais.
Agora, assinale a alternativa contendo a sequência correta:
criou condições favoráveis para o povoamento de todo o território nacional, deixando rica mais da metade da população.
já nas primeiras décadas garantiu o enriquecimento da região Sul do país e foi a base econômica de seu desenvolvimento.
permitiu a organização de uma robusta classe média rural, sendo praticada por pequenos e médios lavradores.
consolidou, principalmente em Pernambuco, uma economia baseada no latifundiário monocultor e escravocrata que atendia aos interesses do sistema português.
dispensando grande mão-de-obra, desencorajou a importação de escravos, liberando capitais para atividades mais lucrativas.
Após formar-se em Coimbra, Gregório de Mattos, poeta baiano conhecido como Boca do Inferno, retornou ao Brasil para ocupar o seu ‘lugar ao sol’, integrando a elite fundiária da Bahia. Filho de um Senhor de Engenho, fora educado para constituir a camada dominante do Brasil colonial. Contudo, rompeu com o status quo e preferiu lançar mão do seu exuberante talento literário para – sem papas na língua e recorrendo a imagens pesadas – denunciar a ambição, o descomprometimento social e a superficialidade das famílias abastadas da Bahia seiscentista.
Leia com atenção os seguintes versos do poeta mencionado:
“Quem a pôs neste socrócio? ... Negócio.
Quem causa tal perdição? ... Ambição.
E o maior desta loucura? ... Usura.
Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que o perdeu
Negócio, ambição, usura.
Quais são meus doces objetos? ... Pretos.
Tem outros bens mais maciços? ... Mestiços.
Quais destes lhe são mais gratos? ... Mulatos.
Dou ao Demo os insensatos,
Dou ao demo o povo asnal,
Que estima por cabedal
Pretos, mestiços, mulatos.”
(GUERRA, Gregório de Matos e. Torna a definir o poeta os maus modos de obrar na governança da Bahia, principalmente naquela universal fome de que padecia a cidade. IN: MENDES, Cleise Furtado. Senhora Dona Bahia: poesia satírica de Gregório de Matos. Salvador: EDUFBA,1996. p. 54 e 55.)
Considerando que nessa etapa estudamos as estratégias de aproveitamento da mão-de-obra negra dentro de parâmetros coloniais escravagistas, responda: A temática central abordada nestes versos, associa-se à qual elemento histórico-social da antiga/atual conjuntura brasileira?
Assinale a alternativa que atenda, plenamente, ao questionamento proposto.
O preconceito da intelectualidade artística, nutrido por aqueles que obtiveram ascensão social mediante ganhos no agronegócio.
Os prejuízos financeiros que negros e mestiços impuseram aos grandes negociantes brasileiros, por não possuírem suficiente destreza profissional.
A incompreensão dos artistas, defensores das camadas populares, face às contingencias sociais impostas pelo capitalismo.
A exclusão social e exploração econômica sofridas pelos afrodescendentes no período colonial e nos dias atuais.
A aversão que poetas, romancistas, e dramaturgos têm pelos membros das camadas sociais favorecidas pelo progresso econômico.
Leia com atenção o relato a respeito da relação entre os conquistadores portugueses e os nativos conquistados:
"... Da primeira vez que viestes aqui, vós o fizestes somente para traficar. (...) Não recusáveis tomar nossas filhas e nós nos julgávamos felizes quando elas tinham filhos. Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. Apenas vos contentáveis com visitar-nos uma vez por ano, permanecendo, entre nós, somente durante quatro ou cinco luas [meses]. Regressáveis, então, ao vosso país, levando os nossos gêneros para trocá-los com aquilo que carecíamos." (MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a conquista lusitana e o genocídio tupinambá". São Paulo: Moderna, 1993, p.86)
Agora, aponte a opção que expressa com maior fidelidade a natureza dessa relação entre os dois grupos. Em que bases a convivência índios/europeus se alicerçava? Assinale a alternativa correta:
Acima de toda curiosidade étnica e encantamento pelo modo de vida dos nativos americanos, imperavam, entre os portugueses, interesses e ideais de ordem econômica.
Portugueses e tupinambás, por exemplo, sempre conseguiram sustentar uma relação harmônica e equilibrada de permuta dos seus atributos culturais.
As tribos tupi-guarani, principalmente, ostentando um espírito belicoso, apresentaram grande dificuldade para tolerar a presença amistosa dos viajantes portugueses no litoral brasileiro.
Havia, por parte dos grupos ameríndios, um constante anseio de prosperidade que passava, inevitavelmente, pela assimilação das tradições e conquistas tecnológicas dos europeus.
A permuta de valores culturais e o respeito pelas virtudes sócio históricas do grupo nativo deram a tônica de todo o processo de ocupação portuguesa.
Leia com atenção:
A transferência da sede da monarquia, mais do que a mudança de residência da realeza, significava a reorganização do Estado Português no Brasil, e por isso, na interpretação corrente sobre o processo de Independência, os treze anos de permanência da Corte no Rio de Janeiro vem sendo apresentados como o momento preparatório da separação de Portugal. (OLIVEIRA, Cecília H. de Salles. A Independência e a construção do Império. São Paulo: Atual, 2005.)
Aponte um fato ligado, diretamente, a essa permanência da Corte no Brasil, que tenha representado o mote para toda a crise do sistema colonial brasileiro? Assinale a alternativa correta:
A cobrança do quinto mediante a exploração aurífera na região de Minas Gerais.
Abertura dos portos brasileiros e o consequente fim do monopólio comercial português.
A proibição de comércio interno de escravos nascidos no Brasil.
O alvará régio que proibia a produção manufatureira em solo colonial.
O acordo de cooperação militar com a Argentina para conter a expansão paraguaia.
Leia o trecho do conhecido poema de Cecília Meireles:
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,
ouve-se em redor da mesa.
E a bandeira já está viva,
e sobe, na noite imensa.
E os seus tristes inventores
já são réus — pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
Através de grossas portas,
sentem-se luzes acesas,
— e há indagações minuciosas
dentro das casas fronteiras.
“Que estão fazendo, tão tarde?
Que escrevem, conversam, pensam?
Mostram livros proibidos?
Lêem notícias nas gazetas?
Terão recebido cartas
de potências estrangeiras?”
(MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência, Nova Fronteira, São Paulo, 2005.)
Considerando os estudos que realizamos nessa semana sobre a Inconfidência Mineira, é possível afirmar que ela foi marcada pela:
I. influência dos acontecimentos de julho de 1789, a tomada da Bastilha.
II. atitude anti-escravista, consensual entre seus participantes.
III. ideias ilustradas e pela Independência dos Estados Unidos.
Assinale o que for correto.
Apenas a afirmação II é verdadeira.
Todas as afirmações são verdadeiras.
Apenas a afirmação III é verdadeira.
Nenhuma afirmação é verdadeira.
Apenas a afirmação I é verdadeira.
Leia atentamente o documento do séc. XVIII:
Animaisvos Povo Bahiense que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade... [...] Homens, o tempo he xegado para vossa ressureição; sim, para ressucitareis do abismo da escravidão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade.[...] He fazer uma guerra civil entre nós, para que não se distinga a cor branca, parda e preta, e sermos todos felices sem exceição de pessoa, de sorte que não estaremos sujeitos a sofrer hum homem tolo, que nos governe, que só governarão aqueles que tiverem juizo e capacidade para mandar a homens. [...] ... huma revolução, afim de tornar esta Capitania hum Governo democrático, nelle seremos felices; porque só governarão as pessoas que tiverem capacidade para isso, ou sejão brancos ou pardos, ou pretos, sem distinção de côr... (TAVARES, Luís Henrique Dias. Introdução ao estudo das idéias do movimento revolucionário de 1798. Salvador: Liv. Progresso, 1959. p. 7-13.)
A respeito da Revolta dos Alfaiates de 1798, podemos afirmar (Marque V para as verdadeiras e F para as falsas):
( ) Trata-se de uma revolução burguesa que tinha por objetivo eliminar o sistema colonial e estimular a entrada de imigrantes no Brasil.
( ) Os rebeldes foram influenciados pelas idéias do comunismo francês, que pregava a igualdade social e a distribuição de terras entre os mais pobres.
( ) Influenciados pelas doutrinas sociais da Igreja francesa, os líderes da revolta pretendiam garantir o ingresso no clero de homens de todas as raças.
( ) O discurso rebelde era marcado pelo anticlericalismo e defendia uma reforma na ordem vigente, de modo a eliminar as diferenças sociais.
Agora, assinale a alternativa contendo a sequência correta:
O preconceito da intelectualidade artística, nutrido por aqueles que obtiveram ascensão social mediante ganhos no agronegócio.
Os prejuízos financeiros que negros e mestiços impuseram aos grandes negociantes brasileiros, por não possuírem suficiente destreza profissional.
A incompreensão dos artistas, defensores das camadas populares, face às contingencias sociais impostas pelo capitalismo.
A exclusão social e exploração econômica sofridas pelos afrodescendentes no período colonial e nos dias atuais.
A aversão que poetas, romancistas, e dramaturgos têm pelos membros das camadas sociais favorecidas pelo progresso econômico.
Leia com atenção o relato a respeito da relação entre os conquistadores portugueses e os nativos conquistados:
"... Da primeira vez que viestes aqui, vós o fizestes somente para traficar. (...) Não recusáveis tomar nossas filhas e nós nos julgávamos felizes quando elas tinham filhos. Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. Apenas vos contentáveis com visitar-nos uma vez por ano, permanecendo, entre nós, somente durante quatro ou cinco luas [meses]. Regressáveis, então, ao vosso país, levando os nossos gêneros para trocá-los com aquilo que carecíamos." (MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a conquista lusitana e o genocídio tupinambá". São Paulo: Moderna, 1993, p.86)
Agora, aponte a opção que expressa com maior fidelidade a natureza dessa relação entre os dois grupos. Em que bases a convivência índios/europeus se alicerçava? Assinale a alternativa correta:
Acima de toda curiosidade étnica e encantamento pelo modo de vida dos nativos americanos, imperavam, entre os portugueses, interesses e ideais de ordem econômica.
Portugueses e tupinambás, por exemplo, sempre conseguiram sustentar uma relação harmônica e equilibrada de permuta dos seus atributos culturais.
As tribos tupi-guarani, principalmente, ostentando um espírito belicoso, apresentaram grande dificuldade para tolerar a presença amistosa dos viajantes portugueses no litoral brasileiro.
Havia, por parte dos grupos ameríndios, um constante anseio de prosperidade que passava, inevitavelmente, pela assimilação das tradições e conquistas tecnológicas dos europeus.
A permuta de valores culturais e o respeito pelas virtudes sócio históricas do grupo nativo deram a tônica de todo o processo de ocupação portuguesa.
Leia com atenção:
A transferência da sede da monarquia, mais do que a mudança de residência da realeza, significava a reorganização do Estado Português no Brasil, e por isso, na interpretação corrente sobre o processo de Independência, os treze anos de permanência da Corte no Rio de Janeiro vem sendo apresentados como o momento preparatório da separação de Portugal. (OLIVEIRA, Cecília H. de Salles. A Independência e a construção do Império. São Paulo: Atual, 2005.)
Aponte um fato ligado, diretamente, a essa permanência da Corte no Brasil, que tenha representado o mote para toda a crise do sistema colonial brasileiro? Assinale a alternativa correta:
A cobrança do quinto mediante a exploração aurífera na região de Minas Gerais.
Abertura dos portos brasileiros e o consequente fim do monopólio comercial português.
A proibição de comércio interno de escravos nascidos no Brasil.
O alvará régio que proibia a produção manufatureira em solo colonial.
O acordo de cooperação militar com a Argentina para conter a expansão paraguaia.
Leia o trecho do conhecido poema de Cecília Meireles:
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,
ouve-se em redor da mesa.
E a bandeira já está viva,
e sobe, na noite imensa.
E os seus tristes inventores
já são réus — pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
Através de grossas portas,
sentem-se luzes acesas,
— e há indagações minuciosas
dentro das casas fronteiras.
“Que estão fazendo, tão tarde?
Que escrevem, conversam, pensam?
Mostram livros proibidos?
Lêem notícias nas gazetas?
Terão recebido cartas
de potências estrangeiras?”
(MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência, Nova Fronteira, São Paulo, 2005.)
Considerando os estudos que realizamos nessa semana sobre a Inconfidência Mineira, é possível afirmar que ela foi marcada pela:
I. influência dos acontecimentos de julho de 1789, a tomada da Bastilha.
II. atitude anti-escravista, consensual entre seus participantes.
III. ideias ilustradas e pela Independência dos Estados Unidos.
Assinale o que for correto.
Apenas a afirmação II é verdadeira.
Todas as afirmações são verdadeiras.
Apenas a afirmação III é verdadeira.
Nenhuma afirmação é verdadeira.
Apenas a afirmação I é verdadeira.
Leia atentamente o documento do séc. XVIII:
Animaisvos Povo Bahiense que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade... [...] Homens, o tempo he xegado para vossa ressureição; sim, para ressucitareis do abismo da escravidão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade.[...] He fazer uma guerra civil entre nós, para que não se distinga a cor branca, parda e preta, e sermos todos felices sem exceição de pessoa, de sorte que não estaremos sujeitos a sofrer hum homem tolo, que nos governe, que só governarão aqueles que tiverem juizo e capacidade para mandar a homens. [...] ... huma revolução, afim de tornar esta Capitania hum Governo democrático, nelle seremos felices; porque só governarão as pessoas que tiverem capacidade para isso, ou sejão brancos ou pardos, ou pretos, sem distinção de côr... (TAVARES, Luís Henrique Dias. Introdução ao estudo das idéias do movimento revolucionário de 1798. Salvador: Liv. Progresso, 1959. p. 7-13.)
A respeito da Revolta dos Alfaiates de 1798, podemos afirmar (Marque V para as verdadeiras e F para as falsas):
( ) Trata-se de uma revolução burguesa que tinha por objetivo eliminar o sistema colonial e estimular a entrada de imigrantes no Brasil.
( ) Os rebeldes foram influenciados pelas idéias do comunismo francês, que pregava a igualdade social e a distribuição de terras entre os mais pobres.
( ) Influenciados pelas doutrinas sociais da Igreja francesa, os líderes da revolta pretendiam garantir o ingresso no clero de homens de todas as raças.
( ) O discurso rebelde era marcado pelo anticlericalismo e defendia uma reforma na ordem vigente, de modo a eliminar as diferenças sociais.
Agora, assinale a alternativa contendo a sequência correta:
Acima de toda curiosidade étnica e encantamento pelo modo de vida dos nativos americanos, imperavam, entre os portugueses, interesses e ideais de ordem econômica.
Portugueses e tupinambás, por exemplo, sempre conseguiram sustentar uma relação harmônica e equilibrada de permuta dos seus atributos culturais.
As tribos tupi-guarani, principalmente, ostentando um espírito belicoso, apresentaram grande dificuldade para tolerar a presença amistosa dos viajantes portugueses no litoral brasileiro.
Havia, por parte dos grupos ameríndios, um constante anseio de prosperidade que passava, inevitavelmente, pela assimilação das tradições e conquistas tecnológicas dos europeus.
A permuta de valores culturais e o respeito pelas virtudes sócio históricas do grupo nativo deram a tônica de todo o processo de ocupação portuguesa.
Leia com atenção:
A transferência da sede da monarquia, mais do que a mudança de residência da realeza, significava a reorganização do Estado Português no Brasil, e por isso, na interpretação corrente sobre o processo de Independência, os treze anos de permanência da Corte no Rio de Janeiro vem sendo apresentados como o momento preparatório da separação de Portugal. (OLIVEIRA, Cecília H. de Salles. A Independência e a construção do Império. São Paulo: Atual, 2005.)
Aponte um fato ligado, diretamente, a essa permanência da Corte no Brasil, que tenha representado o mote para toda a crise do sistema colonial brasileiro? Assinale a alternativa correta:
A cobrança do quinto mediante a exploração aurífera na região de Minas Gerais.
Abertura dos portos brasileiros e o consequente fim do monopólio comercial português.
A proibição de comércio interno de escravos nascidos no Brasil.
O alvará régio que proibia a produção manufatureira em solo colonial.
O acordo de cooperação militar com a Argentina para conter a expansão paraguaia.
Leia o trecho do conhecido poema de Cecília Meireles:
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,
ouve-se em redor da mesa.
E a bandeira já está viva,
e sobe, na noite imensa.
E os seus tristes inventores
já são réus — pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
Através de grossas portas,
sentem-se luzes acesas,
— e há indagações minuciosas
dentro das casas fronteiras.
“Que estão fazendo, tão tarde?
Que escrevem, conversam, pensam?
Mostram livros proibidos?
Lêem notícias nas gazetas?
Terão recebido cartas
de potências estrangeiras?”
(MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência, Nova Fronteira, São Paulo, 2005.)
Considerando os estudos que realizamos nessa semana sobre a Inconfidência Mineira, é possível afirmar que ela foi marcada pela:
I. influência dos acontecimentos de julho de 1789, a tomada da Bastilha.
II. atitude anti-escravista, consensual entre seus participantes.
III. ideias ilustradas e pela Independência dos Estados Unidos.
Assinale o que for correto.
Apenas a afirmação II é verdadeira.
Todas as afirmações são verdadeiras.
Apenas a afirmação III é verdadeira.
Nenhuma afirmação é verdadeira.
Apenas a afirmação I é verdadeira.
Leia atentamente o documento do séc. XVIII:
Animaisvos Povo Bahiense que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade... [...] Homens, o tempo he xegado para vossa ressureição; sim, para ressucitareis do abismo da escravidão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade.[...] He fazer uma guerra civil entre nós, para que não se distinga a cor branca, parda e preta, e sermos todos felices sem exceição de pessoa, de sorte que não estaremos sujeitos a sofrer hum homem tolo, que nos governe, que só governarão aqueles que tiverem juizo e capacidade para mandar a homens. [...] ... huma revolução, afim de tornar esta Capitania hum Governo democrático, nelle seremos felices; porque só governarão as pessoas que tiverem capacidade para isso, ou sejão brancos ou pardos, ou pretos, sem distinção de côr... (TAVARES, Luís Henrique Dias. Introdução ao estudo das idéias do movimento revolucionário de 1798. Salvador: Liv. Progresso, 1959. p. 7-13.)
A respeito da Revolta dos Alfaiates de 1798, podemos afirmar (Marque V para as verdadeiras e F para as falsas):
( ) Trata-se de uma revolução burguesa que tinha por objetivo eliminar o sistema colonial e estimular a entrada de imigrantes no Brasil.
( ) Os rebeldes foram influenciados pelas idéias do comunismo francês, que pregava a igualdade social e a distribuição de terras entre os mais pobres.
( ) Influenciados pelas doutrinas sociais da Igreja francesa, os líderes da revolta pretendiam garantir o ingresso no clero de homens de todas as raças.
( ) O discurso rebelde era marcado pelo anticlericalismo e defendia uma reforma na ordem vigente, de modo a eliminar as diferenças sociais.
Agora, assinale a alternativa contendo a sequência correta:
A cobrança do quinto mediante a exploração aurífera na região de Minas Gerais.
Abertura dos portos brasileiros e o consequente fim do monopólio comercial português.
A proibição de comércio interno de escravos nascidos no Brasil.
O alvará régio que proibia a produção manufatureira em solo colonial.
O acordo de cooperação militar com a Argentina para conter a expansão paraguaia.
Leia o trecho do conhecido poema de Cecília Meireles:
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,
ouve-se em redor da mesa.
E a bandeira já está viva,
e sobe, na noite imensa.
E os seus tristes inventores
já são réus — pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
Através de grossas portas,
sentem-se luzes acesas,
— e há indagações minuciosas
dentro das casas fronteiras.
“Que estão fazendo, tão tarde?
Que escrevem, conversam, pensam?
Mostram livros proibidos?
Lêem notícias nas gazetas?
Terão recebido cartas
de potências estrangeiras?”
(MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência, Nova Fronteira, São Paulo, 2005.)
Considerando os estudos que realizamos nessa semana sobre a Inconfidência Mineira, é possível afirmar que ela foi marcada pela:
I. influência dos acontecimentos de julho de 1789, a tomada da Bastilha.
II. atitude anti-escravista, consensual entre seus participantes.
III. ideias ilustradas e pela Independência dos Estados Unidos.
Assinale o que for correto.
Apenas a afirmação II é verdadeira.
Todas as afirmações são verdadeiras.
Apenas a afirmação III é verdadeira.
Nenhuma afirmação é verdadeira.
Apenas a afirmação I é verdadeira.
Leia atentamente o documento do séc. XVIII:
Animaisvos Povo Bahiense que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade... [...] Homens, o tempo he xegado para vossa ressureição; sim, para ressucitareis do abismo da escravidão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade.[...] He fazer uma guerra civil entre nós, para que não se distinga a cor branca, parda e preta, e sermos todos felices sem exceição de pessoa, de sorte que não estaremos sujeitos a sofrer hum homem tolo, que nos governe, que só governarão aqueles que tiverem juizo e capacidade para mandar a homens. [...] ... huma revolução, afim de tornar esta Capitania hum Governo democrático, nelle seremos felices; porque só governarão as pessoas que tiverem capacidade para isso, ou sejão brancos ou pardos, ou pretos, sem distinção de côr... (TAVARES, Luís Henrique Dias. Introdução ao estudo das idéias do movimento revolucionário de 1798. Salvador: Liv. Progresso, 1959. p. 7-13.)
A respeito da Revolta dos Alfaiates de 1798, podemos afirmar (Marque V para as verdadeiras e F para as falsas):
( ) Trata-se de uma revolução burguesa que tinha por objetivo eliminar o sistema colonial e estimular a entrada de imigrantes no Brasil.
( ) Os rebeldes foram influenciados pelas idéias do comunismo francês, que pregava a igualdade social e a distribuição de terras entre os mais pobres.
( ) Influenciados pelas doutrinas sociais da Igreja francesa, os líderes da revolta pretendiam garantir o ingresso no clero de homens de todas as raças.
( ) O discurso rebelde era marcado pelo anticlericalismo e defendia uma reforma na ordem vigente, de modo a eliminar as diferenças sociais.
Agora, assinale a alternativa contendo a sequência correta:
Apenas a afirmação II é verdadeira.
Todas as afirmações são verdadeiras.
Apenas a afirmação III é verdadeira.
Nenhuma afirmação é verdadeira.
Apenas a afirmação I é verdadeira.